Luanda - O valor da lei e das instituições: O Orçamento Geral do Estado investe grandes recursos no Executivo, que propõe as leis; no Parlamento, que as discute e aprova; e no Judiciário, que fiscaliza e garante o seu cumprimento.
Fonte: Club-k.net
Esses três poderes consomem tempo, dinheiro e esforço intelectual. Os seus membros enfrentam desgaste mental, críticas constantes e, muitas vezes, ataques ao seu bom nome. Tudo isso em prol de um objetivo maior: assegurar que a lei seja respeitada e que o país funcione dentro da legalidade.
A irracionalidade de desvalorizar a leiÉ incompreensível ver pessoas que desvalorizam a lei em favor de indivíduos que ocupam cargos públicos.
Como pode alguém racional colocar os interesses de uma pessoa acima do esforço coletivo dos três poderes do Estado?
Como pode alguém que se diz inteligente não medir a proporcionalidade entre os prejuízos e os benefícios dessa atitude?
Quem ama Angola e se considera patriota deve reconhecer o esforço coletivo que está por trás de cada lei. Afinal, o processo legislativo nasce de uma necessidade, passa por estudos e propostas, e culmina na aprovação. Esse percurso consome tempo e dinheiro, mas representa a vontade da nação.
O medo e a perda da dignidade
Quando uma pessoa tem medo de perder o emprego e, por isso, prefere ignorar a lei, está a colocar o interesse individual acima do coletivo. Essa escolha revela falta de dignidade.
Quem não tem dignidade não merece respeito.
Estar ao lado de alguém sem dignidade é vergonhoso.
Uma pessoa sem dignidade pode até sacrificar o próprio cônjuge para agradar ao chefe e manter a posição.
Mesmo que chegue ao topo, não irá durar. Um grupo de pessoas sem dignidade destrói qualquer instituição ou empresa.
Basta olhar para exemplos concretos:
Empresas públicas que colapsaram porque dirigentes preferiram agradar superiores em vez de cumprir a lei.
Instituições que perderam credibilidade internacional porque funcionários se acobardaram diante da pressão política.
Projetos nacionais que falharam porque o medo de perder o cargo foi maior do que o compromisso com a legalidade.
O falso patriotismo
Muitas instituições e empresas estão cheias de hipócritas que se dizem patriotas. No entanto, quando chega a hora de defender os interesses da nação, preferem acobardar-se.
Dão razão a quem ocupa cargos públicos, em vez de cumprir o que a lei estabelece. Esse comportamento mina o crescimento da nação e perpetua a mediocridade.
Conclusão e Chamamento
Uma nação não cresce quando as pessoas deixam de fazer o que é certo e legal por medo de perder o emprego. Cresce, sim, quando cada cidadão coloca o interesse colectivo acima do interesse individual, respeita a lei e age com dignidade.
Sem dignidade, não há respeito. Sem respeito, não há instituições fortes. E sem instituições fortes, não haverá um futuro promissor para Angola.
E você, leitor:
Vai continuar a calar-se diante da injustiça para proteger o seu emprego?
Ou vai escolher a dignidade, defender a lei e colocar Angola acima dosinteresses pessoais?
A resposta que der a estas perguntas definirá não apenas o seu carácter, mas também o futuro da nossa nação.