Luanda - Quem conhece bem os meandros da diplomacia económica do Regime Angolano não terá mínimas dúvidas de perceber, a olho nu, de que a Senhora Hariana Verás Victória é uma componente integral da máquina diplomática da Cidade Alta montada em Washington para fazer o Lobby Político, usando todos os mecanismos necessários das relações internacionais, do jornalismo político, da advocacia, do tráfico de influências e da diplomacia económica junto do poder económico.
Fonte: Club-k.net
A Senhora Hariana Verás Victória não simulava tão pouca a sua «missão estratégica» de promover a imagem do Presidente João Lourenço junto de “American Establishment,” sobretudo junto da Casa Branca e do Departamento de Estado, que têm os poderes soberanos e discricionários da tomada de decisões complexas sobre a Política Externa.
Repare que, são avultadas somas de dinheiros que estão envolvidas no financiamento do Corpo Diplomático que opera em Washington D.C. composta por um conjunto de Agentes Lobistas, que navegam nos Corredores do Poder Político e das Empresas Multinacionais que operam na África Subsaariana.
O Corredor do Lobito, ligado aos minérios críticos da RDC e da Zâmbia, faz parte da esfera operacional da máquina diplomática da Cidade Alta que se encontra em Washington. A Senhora Hariana Verás Victória, da TPA, constitui a «ponta-de-lança» e o instrumento oculto, a acoberto do jornalismo. Tendo a Credencial (Hard Pass) Especial, que lhe faculta penetrar livremente nas Chancelarias do Poder, em Washington, isso lhe coloca em vantagem de executar eficazmente a diplomacia da Cidade Alta.
Nesta qualidade, como Correspondente Permanente, ela tem o espaço aberto, como militante do MPLA e agente do Executivo, cumprir a sua missão estratégica de promover a imagem do Presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço. Portanto, a sua deslocação discreta à República Democrática do Congo (RDC), na véspera do Acordo de Paz dos Grandes Lagos, fazia parte do Projecto do Corredor do Lobito que transporta os metais críticos da RDC ao Porto Marítimo do Lobito.
Neste jogo oculto entram muitos interesses económicos das Multinacionais que operam na África Subsaariana. Portanto, a máquina lobista da Cidade Alta em Washington vai muito além de Angola e dos Grandes Lagos. A coberto da Presidência da União Africana, que custou muito dinheiro aos Cofres do Estado Angolano, cria uma esfera de influência muito ampla, a nível continental, que oferece o suporte muito grande à diplomacia económica da Cidade Alta, com destaque, em Washington.
Esse espaço de influência, que inclui o Sahel, coloca em cheque os interesses geopolíticos das Superpotências Ocidentais e Asiáticas que estão fechadas na guerra comercial e nas disputas territoriais pelos recursos minerais. Por isso, o caso da Correspondente Permanente de África em Washington, a Senhora Hariana, além da sua complexidade, tem o cordão muito forte ao Projecto da manutenção do Poder Político. Haverão investidas muito fortes em Washington, em termos de capital financeiro, para recuperar o estatuto privilegiado da Correspondente Permanente da TPA, cuja Licença ficou suspensa temporariamente.
Lembremo-nos das eleições de 2022, que foram claramente ganhas pela UNITA, mais devidos aos Lóbis de Washington, o Departamento de Estado foi um dos primeiros a pronunciar-se, dando à luz verde ao Tribunal Constitucional e ao Senhor Manico, do CNE, rejeitar categoricamente a recontagem de votos ou a anulação de todo o processo eleitoral. Faltando, deste modo, a lisura, a transparência, a credibilidade e a verdade eleitoral. Claramente, houve o conluio e a conspiração internacional no processo eleitoral de 2022.
Àquela postura do Departamento de Estado, em 2022, estava influenciado pelo Projecto do Corredor do Lobito que envolveu os interesses das Empresas Americanas e Europeias. Deste modo, o Projecto do Corredor do Lobito tornou-se um instrumento da manutenção do poder político do que de uma infraestrutura do desenvolvimento sustentável do País.
Na verdade, a vinda à Angola do Presidente Joe Biden, na fase final do seu mandato, enquadrou-se num jogo oculto e bastante complexo da diplomacia económica e da geopolítica africana. O Lobby de Washington, em que a Senhora Hariana faz parte, desempenhou o papel decisivo na vinda do Presidente Joe Biden à Angola, que custou avultadas somas de dinheiros aos Cofres do Estado Angolano. De facto, houve muito desperdício dos recursos financeiros do Estado Angolano, depositados massivamente em Washington.
Neste momento está em curso a formação de agentes eleitorais na informática e estatística, como milícias digitais, que vão executar o Plano da manipulação do escrutínio, em 2027. Muita gente estão ao corrente da movimentação intensa de recrutamento e formação de agentes informáticas que vão cuidar do sistema sofisticado da alteração dos dados eleitorais. Os agentes estatísticos estão sendo pagos com muito dinheiro para garantir o seu sigilo e discrição, no contexto da corrupção eleitoral.
Enquanto isso ocorre, o Lobby de Washington está bem reforçado com uma verba avultada, para conquistar a graça da Casa Branca e do Departamento de Estado para caucionar a manipulação eleitoral massiva em 2027. Agora, não se sabe até que ponto a “Hariana Gate” vai mexer com a Máquina Lobista da Cidade Alta em Washington, e o seu impacto sobre o processo eleitoral de 2027, que já está sendo viciado com a preparação da máquina de distorção e manipulação eleitoral. Isso faz parte da «mexida artificial» que ocorre atualmente no Conselho Nacional Eleitoral, no Tribunal Supremo, e provavelmente, no Tribunal Constitucional.
Enfim, as mexidas a ser feitas são de extrema importância estratégica dentro do xadrez do mecanismo eleitoral, isto é, colocar novas peças no campo que sirvam de «cortina de fumo» para distrair a atenção da opinião pública. Enquanto a «máquina de distorção e manipulação eleitoral» está sendo recomposta, restruturada, reforçada, modernizada, informatizada e torna-la mais eficaz e sofisticada.
Neste jogo de xadrez, Washington constitui o «factor-chave» para caucionar a manipulação do processo eleitoral em 2027, como aconteceu em 2022.
Luanda, 09 de Setembro de 2025.